SETEMBRO AMARELO: mês de prevenção ao suicídio

A cada 45 minutos, um brasileiro tira a própria vida. No mundo, acontece um suicídio a cada 40 segundos: um milhão de vidas que poderiam ser salvas com a abordagem e acolhimento adequados ainda nos primeiros sinais de alerta. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que pelo menos nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas com educação e campanhas de prevenção.
Neste ano, o tema da campanha Setembro Amarelo é “Agir salva vidas”. O dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A data foi criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar a atenção de governos e da sociedade civil para a importância do assunto.
O CVV faz um trabalho pioneiro na área de prevenção ao suicídio desde 1962, com a ajuda de cerca de três mil voluntários que trabalham atendendo mais de 10 mil ligações diárias.
Um estudo feito pelo CVV apontou que, para cada suicídio, um grupo de até 20 pessoas é impactado diretamente.
“As pessoas que são impactadas são consideradas pessoas de risco porque são sobreviventes de um suicídio. Elas precisam de ajuda também porque costumam relatar sentimento de culpa por não ter percebido os sinais”, explicou Carlos Correia, voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV) há 27 anos em entrevista ao podcast do Bem Estar.
Como ajudar alguém
Os familiares e amigos devem, sobretudo, se dispor a se aproximar de alguém que demonstra estar sofrendo ou que apresenta mudanças acentuadas e bruscas do comportamento. É preciso estar disposto a ouvir e, se não se sentir capaz de lidar com o problema apresentado, ir junto em busca de quem possa fazê-lo mais adequadamente, como um médico, enfermeiro, psicólogo ou até um líder religioso.
Outro fator importante a ser lembrado é que, caso a pessoa precise fazer uso de algum medicamento, ele não tem efeito imediato. Por isso, os primeiros 30 dias após uma tentativa de suicídio e o início do tratamento são os que precisam de mais atenção.
Na rede pública, a indicação é procurar os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Por lá, é possível marcar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo. O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em 1962 em São Paulo, faz um apoio emocional e preventivo do suicídio pelo número 188.
O pedido de socorro muitas vezes é silencioso, mas a ajuda não precisa ser. Fale, ouça e ajude! 🎗
Fonte: G1 / UFMG